Honda HR-V EXL 1.8 CVT: sem segredos
Bem avaliado na oficina, Honda HR-V não trará surpresas na hora do reparo.
texto e fotos Fernando Naccari
Um dos modelos de maior sucesso da Honda nos últimos anos, o Honda HR-V ganha as ruas do país de maneira surpreendente. Com 23.218 unidades comercializadas no 1º semestre de 2017, segundo dados apurados pela Fenabrave é o atual líder do mercado de SUVs.
O Honda HR-V é vendido com apenas um tipo de motor, o 1.8 flex de 139 cv (E) / 140 cv (G) de potência e torque de 17,4 kgfm (E) / 17,3 kgfm (G) a 5000 rpm. No entanto, há duas opções de câmbios disponíveis de acordo com a versão escolhida, que varia entre o manual de seis marchas e o CVT que simula sete marchas, como é o caso da EXL que avaliamos.
O câmbio de relações contínuas tem funcionamento eficaz tanto no modo automático quanto no sequencial de sete marchas virtuais, selecionadas pelas aletas atrás do volante. Dificilmente você as utilizará, a não ser que prefira uma condução mais esportiva. No mais, é eficiente e oferece boa qualidade na condução nas mais diversas condições.
Por dentro, o HR-V tem bom acabamento e traz uma mescla de couro ecológico e tecido nos bancos e porta. Com entre-eixos de 2,61m e assoalho traseiro plano, há espaço e conforto para todos os ocupantes. Por falar em espaço, o porta-malas também é bom e traz 475 l de volume.
O painel de instrumentos é simples, mas claro. O tom de modernidade fica a cargo do console central com estilo “flutuante”, semelhante ao utilizado na linha Civic da nova geração. Completam a lista o sistema de direção eletroassistida; chave canivete com controle de abertura/fechamento das portas e dos vidros elétricos; tela do multimídia de sete polegadas; função Eco para economia de combustível; retrovisores externos com regulagem elétrica e repetidoras de seta integrados; vidros dianteiros e traseiros com função “one touch” e antiesmagamento; sistema HSA (Hill Start Assist – Assistente de partidas em aclive); sistema VSA (Vehicle Stability Assist, dentre outros.
Na Oficina
A reportagem da Revista O Mecânico levou o Honda HR-V EXL para Roberto Ghelardi Montibeller, mecânico e proprietário da oficina High Tech, no bairro da Lapa, São Paulo/SP, que avaliou as características do veículo e suas condições de diagnóstico e reparo na oficina.
Motor
O motor 1.8 flex já é um velho conhecido das oficinas mecânicas, pois equipa o Civic desde 2008. Mas, segundo Roberto, não há casos de problemas recorrentes.
Com esta facilidade, Roberto acrescenta que a maioria dos componentes no cofre do motor tem manutenção simples. “O coxim do motor do lado direito é de fácil acesso e é bem tranquilo removê-lo. As velas também; só é preciso retirar o conector da bobina e um parafuso de 10 mm”.
Roberto também ressaltou sobre o conserto dos componentes do sistema de arrefecimento. “A válvula termostática está na parte frontal do motor, o que torna bem simples a sua retirada. Mas, caso seja necessária a remoção do radiador, ele sai por cima, entre o para-choque e o painel frontal do veículo. Dá um pouco de trabalho”.
Em caso de manutenções mais corriqueiras, como uma troca de óleo, o trabalho é um pouco maior. “É preciso remover os protetores de cárter (é dividido em duas partes) para ter acesso aos componentes. Não é possível, sequer, acessar o filtro de óleo e bujão. Estes protetores possuem muitos parafusos e encaixes plásticos que, com o tempo, podem quebrar-se e gerar barulho”.
Câmbio
O HR-V utiliza o câmbio do tipo CVT, que proporciona trocas mais suaves e sem o tranco característico do automático convencional. Neste, a manutenção segue a mesma linha, com componentes de fácil acesso. “Para remover o coxim superior do câmbio, é necessário retirar a caixa do filtro de ar do motor. Com ele fora, para tirar o câmbio, é imprescindível sacar ainda a bateria e o duto de admissão de ar”, explica Roberto.
Sobre o CVT, ele aconselha reparo preventivo. “Eu recomendo a troca do óleo do câmbio a cada 40.000 km. Nesta, deve-se utilizar o fluido original, pois caso isso não seja feito, pode ocorrer entupimento do filtro interno e consequente mau funcionamento”.
Suspensão
A suspensão dianteira do HR-V é do tipo McPherson e oferece bom conforto de rodagem, qualidade que se reflete no momento da manutenção. “A suspensão dianteira aparenta ser bem robusta, com sistema de buchas e ancoragem reforçados. Caso seja necessário trocar bandejas, pivôs ou batentes de amortecedor, bem como os próprios amortecedores e molas, não há dificuldade alguma”, explica Roberto.
No quadro de suspensão é fixada a caixa de direção assistida eletricamente, em caso de manutenção, há certo trabalho. “A caixa de direção é fixada no agregado da suspensão. Para retirá-la, é necessário remover o agregado inteiro”, ressalta Roberto.
O profissional ainda comenta que, no sistema de suspensão traseiro, é preciso ter alguns cuidados. “Nesta, os amortecedores têm curso curto para o porte do veículo e, como na maioria dos Honda, tem calibração mais dura. Será comum notar alguns barulhos, como batidas secas quando o veículo passar em imperfeições mais acentuadas. Portanto, é bom verificar sempre o estado dos batentes e do próprio amortecedor”.
Freios
Na dianteira, os freios são à disco ventilado e, na traseira, utiliza-se disco sólido. Roberto avaliou a reparabilidade no sistema: “A troca das pastilhas é simples e não requer a utilização de ferramentas especiais na desmontagem ou montagem. O ABS, tanto a central de controle presente no cofre do motor, quanto os sensores das rodas, ficam à mostra e qualquer intervenção necessária não requer grandes esforços”.
Elétrica e eletrônica
O Honda HR-V utiliza sistema eletroeletrônico bastante simples em sua arquitetura, o que facilita o diagnóstico do veículo. Dentre os componentes que se enquadram nesta categoria, Roberto comentou que não há grande segredo. “A sonda lambda primária fica bem na parte superior do motor e é um dos primeiros componentes que vemos quando abrimos o capô. A segunda sonda lambda fica mais abaixo, mas também é fácil acessá-la, seja por cima, ou por baixo”.
Ficha técnica
Honda HR-V EXL 1.8 AT |
Motor Posição: Dianteiro transversal, Gas/Eta Número de cilindros: 4 em linha Número de válvulas: 16v Taxa de compressão: 10,6:1 Injeção de combustível: Injeção eletrônica multiponto Potência: 139 cv (A) a 6300 rpm 140 cv (G) a 6300 rpm Torque: 17,4 kgfm (A) a 5000 rpm 17,3 kgfm (G) a 5000 rpm Câmbio CVT que simula sete marchasFreios Dianteiros: Disco ventilado Traseiros: Disco sólido
Direção
Suspensões
Rodas e Pneu
Dimensões
Capacidades |
Quantos litros de óleo, tem que colocar no câmbio cbt da HR
ola tem um mecanico que diz trabalhar na honda me informou que consegui troca o fluido do cambio sem a necessidade da maquina. Isso é possivel?
Sergio dos Santos, o fluido do cambio ainda está novo.
Deve ser trocado apenas com 40 mil km.
Na Honda a troca é sempre parcial.
boa tarde
tenho Honda HR-V CVT ano 2018 esta com 9.600 km eu preciso fazer a troca óleo do cambio .
Obrigado o canal por tantas informações importantes sobre esse veículo que estou preste a comprar.
Na pagina de Vcs sugere:
Sobre o CVT, ele aconselha reparo preventivo. “Eu recomendo a troca do óleo do câmbio a cada 40.000 km. Nesta, deve-se utilizar o fluido original, pois caso isso não seja feito, pode ocorrer entupimento do filtro interno e consequente mau funcionamento”.
Gostaria de saber se esta troca recomendada é a parcial através do dreno ou a completa a qual é necessária o equipamento especifico.????
Obrigado
Adailton