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Quem sabe, sabe e escolhe certo

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Nessa, que é a quinta matéria da série que traz os resultados da pesquisa elaborada pelo Instituto OPINION & EVOLUTION, você pode acompanhar as marcas preferidas e mais utilizadas pelos mecânicos entre os componentes de transmissão e outros

Carolina Vilanova

 

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A qualidade nos serviços automotivos está diretamente ligada ao tipo de peça que será aplicada no reparo. Todo bom mecânico sabe disso, mas muitas vezes se deixa levar por um item com preço mais barato – até mesmo com o aval do proprietário do veículo – e acaba tendo retrabalho, ou seja, o cliente volta reclamando do serviço. Mas essa situação está com os dias contados, pelo menos nas boas oficinas.

 

A cada dia que passa mais peças são selecionadas para constar como certificadas pelo Inmetro, uma medida que vai assegurar a qualidade do serviço e evitar o retrabalho do mecânico. Antes que isso aconteça, os mecânicos são responsáveis por escolher corretamente as peças que serão instaladas no carro.

 

Para ajudar nessa tarefa, trazemos nessa edição a quinta matéria da pesquisa realizada pela OPINION & EVOLUTION Pesquisas de Mídia e Mercado, contratada pela Revista O Mecânico. As entrevistas presenciais foram realizadas durante a Expomecânico 2011, entre os dias 17 e 18 de setembro, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo/SP.

 

De acordo com José Iolando Mallegni Filho, diretor de projetos de mídia do instituto, a metodologia aplicada foi de natureza quantitativa, por meio de entrevistas individuais, dentro de uma amostra de 280 profissionais, num universo de mais de 30 categorias de produtos da reposição automotiva. Abordamos desta vez os componentes de transmissão e outros diversos ligados aos sistemas do carro.

 

Para garantir a confiabilidade de uma pesquisa, é imprescindível que o instituto que planejou e executou tenha uma conduta ética e imparcial. “Os Institutos profissionais aplicam uma série de controles de qualidade, que evitam os erros não intencionais e até mesmo fraudes. O trabalho de cada entrevistador é checado por supervisores, um percentual de 20% a 30% da produção de cada pesquisador é sempre conferida por meio de revistas ou entrevistas telefônicas”, garante.

 

A pesquisa de mídia e mercado costuma trabalhar com um nível de confiança da ordem de 95%. A margem de erro máxima depende do tamanho da amostra escolhido, sendo mais usual a variação de três pontos percentuais para mais ou para menos”, afirma José Iolando.

 

A principal dica para o mecânico é antes de adquirir uma peça, procurar fabricantes renomados, que possam oferecer assistência técnica, garantia e suporte em geral. Nesta edição, acompanhe as marcas preferidas e as mais usadas dos seguintes componentes: embreagem, filtros, retentores, mangueiras, aditivos, palhetas, rolamentos e ferramentas.

 

Embreagem

 

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Além de proporcionar o acoplamento entre motor e câmbio de forma que possa haver um desligamento e um religamento suave entre eles, a embreagem deve ainda absorver as variações bruscas de torque do motor, tendo em vista conforto para o motorista durante a troca de marchas.

 

É geralmente vendida em kit, que inclui o disco, o platô e o rolamento central. Utilizar a aplicação correta e fazer a manutenção no prazo são primordiais para o bom funcionamento de todo o conjunto. Em relação à aquisição, há dificuldade apenas de encontrar alguns modelos antigos e importados.

 

Na aplicação, o técnico deve ficar atento às informações técnicas de montagem, como a seleção do componente correto, o exame prévio do conjunto, e as sequências específicas e torques de aperto. Fique atento ao desgaste do garfo de acionamento, cabo, pedal e respectivas conexões. Se o sistema for acionado hidraulicamente, observe o estado do atuador (vazamentos) e dos flexíveis, além das condições do fluido e do cilindro mestre.

 

Vale lembrar que adquirir peças de má qualidade pode comprometer a durabilidade do conjunto e ainda causar danos em outros itens como volante, câmbios e juntas.

 

Uma aplicação incorreta pode causar a patinação do componente, a dificuldade de troca de marchas, o desgaste prematuro e a imobilização do veículo, além do desgaste excessivo das molas, que gera ruídos. Se houver ruídos depois da montagem, confira se não há nenhum componente de transmissão solto ou com desgaste.

 

Existem embreagens remanufaturadas pelas próprias fábricas, principalmente, para veículos comerciais. Quanto aos recondicionados, estes ainda têm qualidade duvidosa.

 

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Filtros

 

Essenciais para o bom funcionamento do motor, os filtros de ar, combustível e de lubrificante são relativamente fáceis de encontrar e de aplicar, salvo alguns modelos mais antigos e importados. Em geral, os filtros automotivos têm a responsabilidade de eliminar partículas de sujeira e resíduos sólidos, evitando o desgaste excessivo de alguns componentes do motor, como anéis, pistões, bielas, etc.

 

Na aplicação, é necessário utilizar a peça correta, de acordo com modelo, ano e motor. Em alguns carros, o acesso dos filtros pode ser difícil, tome cuidado para não danificar nenhuma peça que esteja no caminho. Não se esqueça de inspecionar todo o sistema na hora da troca, ou seja, conexões, tubulações ou dutos entre o filtro e o motor devem ser mantidos estanques e limpos.

 

Utilizar peças de baixa qualidade vai provocar a ineficiência do sistema, pois o filtro não vai fazer o trabalho que deveria, e ainda pode prejudicar o funcionamento de outros componentes. Não bata, assopre ou lave a peça antes da instalação. Certifique-se de que o alojamento esteja limpo e a peça bem encaixada.

 

Em caso de uma aplicação incorreta, simplesmente não há filtragem ou ela ficará bastante prejudicada, assim como quando o componente fica exposto a impurezas, por isso, o armazenamento em local arejado e sem umidade é importante. O mau funcionamento de um dos filtros pode provocar a quebra de outros componentes, como da bomba de óleo, além de permitir o desgaste prematuro de componentes lubrificados, como casquilhos e eixos. O desgaste muito intenso de peças metálicas pode saturar rapidamente os filtros de combustível e de lubrificante.

 

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Retentores

 

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São vários tipos de retentores incorporados em diferentes sistemas de um veículo e todos têm a função de vedar e reter óleos, graxas e outros tipos de fluídos, além de impedir vazamentos e a entrada de impurezas. A manutenção preventiva de um retentor é muito importante e é feita por meio de inspeção, muitas vezes, de troca sempre que houver intervenção no sistema. Não há grandes dificuldades para aquisição dessas peças, exceto para alguns veículos antigos e importados.

 

Já em relação à aplicação, o acesso e a falta de espaço em alguns veículos podem gerar certa dificuldade, o que requer mais conhecimento técnico e habilidade do mecânico. Muitas vezes, é necessário utilizar ferramentas especiais na troca do componente, para evitar danos durante a aplicação. Quando não houver a obrigatoriedade de troca do retentor, faça uma boa verificação no seu estado antes de reinstalar. Ficar por dentro de informações técnicas previamente, como a seleção do componente, sequencias específicas de montagem e torques de aperto.

 

Retentores de má qualidade ou instalados incorretamente provocam vazamentos, pois sua ação vedadora será ineficiente, assim como sua durabilidade será prejudicada. Más condições de uso podem acarretar sérios danos, pois prejudicam os itens que trabalham atrelados ao componente. Não existem retentores recondicionados ou remanufaturados.

 

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Mangueiras

 

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Existem mangueiras em diversos sistemas do carro, com a função de conduzir fluidos de um compartimento para o outro, apresentando flexibilidade, ou seja, permitindo movimentos.

 

Esses componentes devem estar sempre em ordem, ou seja, examinar quando trocar a bomba d’água ou o termostato do veículo, sempre que notar danos ou vazamentos e de quatro em quatro anos preventivamente. Em geral, é fácil encontrar mangueiras, a não ser em casos de modelos muito antigos ou importados.

 

As mangueiras são fabricadas com diferentes materiais e resistências mecânicas, ou seja, as adaptações podem trazer consequências desastrosas.
O acesso pode se tornar difícil em alguns serviços, a falta de espaço também é um empecilho, por isso a necessidade do uso de ferramentas especiais. Sempre que mexer no sistema que tenha mangueiras envolvidas, é preciso fazer uma boa verificação do seu estado antes de trocar a peça, siga sempre as sequências específicas e os torques de montagem.

 

Peças de má qualidade podem apresentar durabilidade baixa, gerar vazamento, e consequentemente, a imobilização do veículo. A baixa durabilidade é uma realidade quando se usa peças incorretas, além disso, fique atento para não dobrar as mangueiras e não utilizar aditivos ou produtos químicos incorretos, Antes de reinstalar uma mangueira veja se não apresenta trincas, ressecamentos e quebras. Algumas mangueiras hidráulicas permitem o reaproveitamento dos terminais prensados, cuja qualidade está diretamente ligada a sua reinstalação, seu posicionamento e força de prensagem.

 

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Aditivos

 

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São vários os aditivos automotivos que podem beneficiar o veículo do seu cliente, podendo ser adicionado no óleo do motor, na água do radiador e no combustível. A função desses aditivos é proporcionar ou realçar propriedades desejadas a fluidos, além de inibir propriedades indesejadas.

 

De uma maneira geral, são produtos fáceis de encontrar, com exceção de alguns mais específicos. São várias marcas disponíveis no mercado e o técnico deve ficar atento aos produtos de qualidade e de boa procedência, sendo que o aditivo de arrefecimento deve ser homologado pelo Inmetro. Vale lembrar que aditivos não encobrem defeitos no veículo. De um modo geral, respeite as recomendações do fabricante do veículo quanto a sua utilização.

 

A adição dos aditivos, em geral, não apresenta dificuldades na aplicação, salvo em alguns veículos onde há falta de espaço. Fique atento às informações técnicas antes de partir para a prática, pois a seleção do componente, a dosagem e os torques de aperto de bujões são específicos para cada modelo. Uma aplicação incorreta pode causar vazamento.

 

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Palhetas

 

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Limpar o para-brisa melhorando a visibilidade em situações de chuva, essa é a função das palhetas, o que as torna itens essenciais para a segurança do carro. Via de regra, é recomendado que se troque o par de palhetas uma vez por ano ou sempre que apresentar desgaste ou ressecamento excessivo. É bom sempre verificar se a borracha da palheta está ressecada, quebradiça ou rasgada, pois isto determina a sua eficiência.

 

Como a maioria dos componentes automotivos, existe uma certa dificuldade para aquisição apenas de alguns modelos antigos e importados e a aplicação é muito simples, basta desencaixar o conector, remover a palheta e colocar a nova. Fique atento apenas no lado e na posição correta, sem forçar o encaixe. Outra dica na montagem é limpar o vidro com detergente apropriado e água, em seguida seque com um pano macio. Também não utilize querosenes, detergentes inadequados ou outros produtos químicos na limpeza da palheta, pois provocam deformação da borracha.

 

Peças de má qualidade provocam ineficiência no funcionamento e baixa durabilidade, assim como a má aplicação. Braços das palhetas empenados ou sem pressão, baixa velocidade de acionamento (motor cansado ou articulações emperradas) e mancais desgastados comprometem a atuação das palhetas. Fique de olho na procedência das palhetas antes de comprar, busque por fabricantes de renome e com qualidade comprovada. Evite adquirir os produtos em semáforos e ambulantes.

 

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Rolamentos

 

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Outro componente adotado em vários sistemas, o rolamento é um dispositivo que permite a transformação do atrito de deslizamento em rolamento, num movimento relativo controlado entre duas ou mais partes. São corpos rolantes de diferentes tipos: esferas, cones e roletes. Podem ou não ser blindados e funcionam com auxílio de óleos e graxas específicas.

 

Rolamentos são alvos fáceis para falsificadores, que ludibriam o comprador usando, inclusive, embalagens bem parecidas com as de fabricantes renomados, por isso, tome muito cuidado. Compre de fornecedor idôneo, exija nota fiscal, certificado de garantia e se o preço for muito baixo, desconfie. Somente modelos muito específicos podem ter dificuldade de ser encontrados.

 

O acesso de alguns rolamentos pode ser mais difícil, principalmente, por conta da falta de espaço, além disso, há necessidade de uso de ferramentas e procedimentos de montagem especiais e de verificação prévia do estado das peças quando retiradas do veículo. Fique sempre de olho nas informações técnicas antes da montagem, para garantir a aplicação correta, as sequências específicas de montagem e os torques de aperto.

 

Rolamentos de má qualidade ou de procedência duvidosa comprometem a sua funcionalidade e reduzem a durabilidade da peça, provocando a imobilização do veículo e até mesmo acidentes. Outros componentes que funcionam atrelados ao rolamento também são prejudicados. Um rolamento que se quebre dentro de um câmbio pode destruir completamente o sistema. A má aplicação gera as mesmas consequências. Os principais sinais de que há problemas com rolamentos são ruído e aquecimento.

 

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Ferramentas

 

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De todos os tipos, convencionais, especiais ou específicas para determinado uso, as ferramentas aparecem numa grande variedade, desde um simples alicate até um sacador de válvulas ou um macaco hidráulico. A função desses itens é de proporcionar a desmontagem e remontagem correta dos componentes, tendo sempre como base as instruções dos fabricantes originais.
A aquisição de ferramentas não representa uma dificuldade, afinal, existem no Brasil diversos fornecedores e distribuidores de ferramentas automotivas, por isso, o mecânico deve procurar sempre empresas idôneas e que asseguram garantia, nota fiscal e suporte técnico, principalmente, quando são produtos específicos. Muitas ferramentas são exclusivas de concessionárias, nesses casos a dica é fazer uma parceria ou tentar comprar o equipamento.

 

Em relação ao uso das ferramentas, muitas delas necessitam de informações prévias e até um treinamento, pois se o movimento não for executado corretamente pode danificar a peça e, o que é pior, provocar acidentes. Cada ferramenta especial tem sua função específica, utilizar para efetuar outro serviço também não é uma boa ideia. Não adquira ferramentas de qualidade duvidosa e muito menos recondicionadas, pois podem colocar todo o trabalho a perder.

 

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Comentário em “Quem sabe, sabe e escolhe certo

  1. Quando devo mudar o oleo ao motor a gasolina opel ano 2018
    e qual o tipo de oleo deve por

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