As tendências do mercado de autopeças no Brasil e a importância dos reparadores nesse cenário foram apresentadas durante evento no Senai.
Carolina Vilanova
Profissionais de empresas ligados ao segmento de reparação veicular se reuniram no Senai para assistir ao resultado de uma pesquisa elaborada pela Ipsos, a partir de sugetão da Revista O Mecânico, com apoio do Sindirepa-SP, ASE e Senai-SP, voltado para o público especializado que visitou a Automec 2005.
A pesquisa foi feita com mecânicos de oficinas. Quesitos como perfil, características dos estabelecimentos, qualidade de atendimento, especialidades, treinamento, poder de decisão, influência na hora de comprar peças, marcas mais procuradas e hábito de leitura
de publicações especializadas para enriquecimento profissional foram abordados na pesquisa.
De acordo com o Sindirepa-SP, 15 mil oficinas de micro e pequeno portes estão em atividades no Estado de São Paulo e 100 mil em nível nacional. “Eles são responsáveis pela manutenção de 80% da frota circulante da cidade de São Paulo. Estima-se que entre 75% e 85% da frota nacional são atendidos por reparadores independentes”, comenta Antônio Fiola, presidente da associação.
Geraldo Santo Mauro, presidente da ASE, falou sobre a importância da qualificação profissional, do treinamento dos mecânicos e da influência das publicações especializadas no segmento na área de aprimoramento profissional e tecnologia. Para ele, a pesquisa será de grande importância para que o mercado saiba o que o técnico precisa.
O diretor do SENAI-SP, Luiz Carlos Emanuelli, afirmou que a pesquisa trouxe grandes benefícios para o setor. “Agora, os representantes das empresas podem ter acesso às informações importantes do mercado para tomar suas decisões. Para o SENAI é grande oportunidade de interagir e compartilhar com todos esses profissionais a possibilidade de fomentar melhorias na categoria da reparação automotiva”, completou.
O resultado aponta que a procura por qualificação é grande entre os reparadores, que são procurados, principalmente, quando os veículos saem da garantia de fábrica. O público também se tornou mais exigente em relação à qualidade dos serviços, bom atendimento, limpeza dos estabelecimentos e gerenciamento.
Alguns dados interessantes:
– 66% dos entrevistados possuem alguma certificação profissional*.
– 9,4 anos é a idade média dos carros nas oficinas*.
*fonte: Ipsos
