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Manutenção Delivery

Seguradoras e até fabricantes de autopeças estão apostando em motocicletas como uma forma mais rápida de atender carros que necessitem de socorro mecânico emergencial

Victor Marcondes

Seja para agilizar o atendimento, driblar o trânsito caótico das grandes capitais ou mesmo fornecer um diferencial para os motoristas, empresas do setor automotivo têm oferecido cada vez mais serviços de socorro mecânico por meio de motocicletas. Basta apenas uma ligação informando a ocorrência que em minutos um profissional capacitado chega ao local para identificar e, muitas vezes, solucionar o problema do veículo imediatamente.

Ainda é muito difícil encontrar reparadoras independentes que atendam os seus clientes indo até o local sobre duas rodas. No entanto, este tipo de conveniência já é muito comum entre seguradoras. “A Porto Seguro sempre contou com motocicletas em sua rede de socorro. Porém, com o aumento da frota de veículos e do trânsito, esse serviço foi estimulado para proporcionar a agilidade necessária ao segurado”, diz Milton Oliveira, superintendente de serviços da companhia.

Com 60 motos modelo scooter disponíveis somente em São Paulo, além de bicicletas, a empresa define o atendimento de acordo com a complexidade do reparo apresentada pelo veículo. “Diante das informações coletadas é possível precisar quando o atendimento por moto é o mais indicado. Em 95% dos casos o técnico consegue encontrar solução sem ter de chamar o guincho”, explica.

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A SulAmérica é outra seguradora atenta para esse nicho da manutenção e que tem feito grandes investimentos. Atualmente, atende uma média de 600 chamadas por mês e oferece, apenas no Rio de Janeiro, 35 motos e 53 mecânicos. Segundo Edison Kinoshita, diretor de Contact Center da SulAmérica Seguros e Previdência, a margem de veículos que tem o problema resolvido no local é de 90%.

O atendimento emergencial com moto é priorizado em situações que geralmente há panes mecânicas ou elétricas, que impossibilitem a locomoção do veículo até uma oficina de confiança. “Ocorrências dentro de garagens hoje respondem por 50% das chamadas. E é comum nesses casos que o defeito seja uma bateria descarregada ou algum outro problema elétrico, causado por uma lanterna acesa ou automóvel parado sem funcionar durante muito tempo”, afirma Milton.

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Além desses, Edison explica que outro problema comum e de fácil solução é motor superaquecido. Para ele os resultados com a prestação deste tipo de serviço são enormes. “Alcançamos uma economia de até 28% em relação aos atendimentos de reboques dentro dos grandes centros e também aperfeiçoamos a frota de motocicletas. Considerando a produtividade diária dos equipamentos, as motos produzem até 65% a mais que os reboques”, avalia.

De acordo com as informações das duas seguradoras, hoje o tempo médio para a chegada do técnico é de cerca de 20 a 30 minutos. “Procuramos encarar todas as solicitações da assistência 24 horas como prioritárias. Em alguns casos, aumentamos o nível de importância quando há crianças de colo no veículo ou quando o motorista está próximo à áreas de risco”, argumenta Edison.

Após receber a chamada, a central comunica o mecânico que se dirige até o local e, a partir dos dados coletados, dá início ao diagnóstico correto do problema. “O primeiro procedimento do mecânico é conversar com o segurado para identificar o problema. Medição de óleo, verificação da caixa de fusíveis, checagem do sistema de alarme e recarga da bateria são alguns dos itens avaliados pelo reparador”, detalha Milton.

“O atendimento é focado na cordialidade e agilidade. O primeiro passo do mecânico é se identificar e entender o problema ocorrido”, reforça Edison. Entre os principais equipamentos que vão junto com o técnico na hora da chamada estão carregador de baterias, jogo de chave de fenda, jogo de chaves mistas e multímetro. De acordo com ele, o custo médio do serviço é de R$ 30,00, valor pago pela SulAmérica à empresa contratada para o trabalho

Solução em duas rodas

Em parceria com a Mondial Assistance, a fabricante de autopeças Valeo também passou a oferecer assistência técnica com moto, através do programa Valeo Jet Service. O conceito é o mesmo utilizado pelas seguradoras, porém com foco nos produtos da marca. “Atendemos qualquer reclamação de funcionamento com algum item da companhia, uma vez que o cliente esteja localizado na área de cobertura”, diz Jeser Madureira, Responsavel de Serviços para Reposição na América do Sul da Valeo.

O serviço é acionado em conjunto com o reparador, que busca em parceria com o técnico identificar a necessidade de troca ou envio da peça para análise. “Em caso de envio para avaliação, o técnico fornece imediatamente ao reparador o check list e autoriza a troca, evitando assim transtorno e burocracia com a loja de autopeça ou distribuidor”, explica Jeser.

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Desde que foi implantado, hoje o programa faz uma média de 80 atendimentos por mês. A rede está presente em 14 estados do Brasil, em 83 cidades, e conta com cerca de 20 empresas parceiras com mais de 40 técnicos treinados. “Com a ação conseguimos resolver mais de 50% dos casos apenas.”

Investir em um atendimento rápido e de qualidade sempre foi uma das questões chaves para o setor de reparação. Apesar do socorro mecânico ainda ser algo unânime entre as seguradoras, esta é uma ótima maneira de garantir um diferencial em oficinas independentes. Não custa tentar, os benefícios podem ser grandiosos conforme os relatados acima. Com o aumento da produtividade e a oferta de serviços de qualidade, junto vem a satisfação da clientela.

Comentário em “Manutenção Delivery

  1. – repara carro pequeno mesmo sem seguro?
    – qual o telefone ?
    – faz reboque tambem?

    grato

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