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Entrevista: Lubrificantes acompanhando a evolução do mercado

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Otavio Campos, supervisor técnico da Shell Brasil, fala sobre os novos produtos da marca para automóveis e a importância do mecânico ficar atento às especificações de fábrica

 

Revista O Mecânico: Com quais marcas a Shell atua no mercado de lubrificantes automotivos no Brasil e para qual mercado cada uma se dedica?
Otavio Campos: Os produtos desenvolvidos pela Shell atendem desde o mercado B2B até o B2C. No portfólio, são oferecidos lubrificantes para aplicações em motores de automóveis leves (linha Shell Helix), motocicletas (linha Shell Advance) e caminhões e veículos pesados (linha Shell Rimula), como também para transmissões automotivas (linha Spirax) e pontos de lubrificação à graxa (Linha Gadus).

 

O Mecânico: A Shell Helix está colocando no mercado a tecnologia PurePlus. Conte-nos um pouco sobre o que é essa tecnologia.
Otavio: A tecnologia Shell PurePlus permite que a Shell produza óleo básico – o principal componente de um lubrificante – a partir de gás natural. Esta exclusiva tecnologia é a mais inovadora no mercado e usa o processo gás-para-líquido (GTL) para produção de um lubrificante sintético de alta pureza e performance.

 

O Mecânico: O lubrificante Shell Helix PurePlus é fabricado no Brasil? Como ele é produzido?
Otavio: A produção do óleo básico feito a partir de gás natural acontece na fábrica Pearl GTL no Catar, uma parceria entre a Shell e a Qatar Petroleum. Na planta, são cerca de 25 trilhões de metros cúbicos de gás que são extraídos. O gás metano, então, passa por um processo de aquecimento com oxigênio a 1454°C, que tem como produto final um gás de síntese. Este gás é transformado em longas cadeias parafilínicas de hidrocarbonetos líquidos, que passam por processos adicionais até serem destilados para o líquido. Este óleo GTL é, então, importado para o Brasil e a produção do lubrificante final – com a mistura de diversos aditivos e o envase – é feita na fábrica da Shell no Brasil, localizada no Rio de Janeiro/RJ.

 

O Mecânico: Em quantas versões o lubrificante Shell Helix PurePlus está chegando ao mercado brasileiro? Ele já possui homologações de montadora? Qualquer carro poderá usar esse óleo?
Otavio: Neste primeiro momento, a tecnologia Shell PurePlus pode ser encontrada na linha Shell Helix Ultra, em diferentes especificações e viscosidades. Os produtos Shell Helix Ultra fabricados com a nova tecnologia Shell PurePlus mantiveram as homologações já existentes nos produtos anteriores, ou seja, os novos produtos possuem homologações nas principais montadoras, sendo que poderão ser aplicados em qualquer veículo, desde que respeitadas as recomendações contidas no manual do fabricante com relação aos níveis de performance exigidos (classificação API ou norma específica da montadora) e viscosidade.

 

O Mecânico: Qual é a perspectiva de mercado da Shell para o PurePlus em nosso país? O lubrificante irá substituir os tipos que já existem no mercado ou será mais uma opção?
Otavio: Com o lançamento de um lubrificante com a tecnologia Shell PurePlus, a Shell traz para o mercado um produto inovador – uma de suas premissas – e que supera as demandas dos motores mais modernos. Hoje, dez entre os dez veículos mais vendidos do país recomendam o uso de sintéticos. E o Shell Helix Ultra com Tecnologia PurePlus é um lubrificante sintético com benefícios importantes para os consumidores, como maior limpeza e proteção do motor. O Shell Helix Ultra com Tecnologia PurePlus chega para complementar o portfólio de produtos da Shell para automóveis, que oferece opções adequadas a cada tipo de motor.

 

O Mecânico: A troca do óleo do motor e o uso do lubrificante correto são importantíssimos na manutenção preventiva de um veículo, seja leve ou pesado. Quais ações a Shell aplica em campo para estimular o uso correto do óleo lubrificante de motor por parte do proprietário?
Otavio: A Shell, que trabalha próximo às montadoras para garantir que seus produtos estejam compatíveis com as exigências desses motores, sempre recomenda que o intervalo de troca e a viscosidade indicados pelo fabricante sejam seguidos em todas as situações. Além disso, também disponibilizamos um serviço chamado Shell LubeMatch (https://lubematch.shell.com.br/), a principal ferramenta atual de recomendação. Nela, o consumidor pode ter acesso ao lubrificante ideal que deve ser usado em seu carro. A Shell disponibiliza ainda atendimento técnico por telefone e e-mail através de um time de engenheiros de aplicação altamente capacitados para solucionar quaisquer dúvidas de clientes e recomendar as melhores soluções em lubrificação (Teletec: (11) 2171-0440/ [email protected]).

 

O Mecânico: Na sua opinião, qual é a importância do mecânico automotivo para a Shell? O mecânico influi na escolha do lubrificante pelo proprietário do veículo?
Otavio: O mecânico automotivo tem um papel muito importante para a Shell, pois ele é um especialista sobre o funcionamento do veículo e, consequentemente, o profissional a que o consumidor costuma recorrer para consulta. Com isso, entendemos que o mecânico exerce uma forte influência na escolha do consumidor. Por isso, nos preocupamos em sempre oferecer opções de lubrificantes que atendam adequadamente aos motores, com benefícios claros e atestados, para que o mecânico possa indicar a melhor opção para seus clientes.

 

O Mecânico: A Shell desenvolve alguma ação para levar informação técnica ao mecânico? Como e onde essa ação acontece?
Otavio: A Shell disponibiliza uma plataforma de relacionamento com este público chamada Clube Profissional, que oferece benefícios diversos e exclusivos. Entre eles, estão vários treinamentos técnicos e informações sobre os produtos Shell. A plataforma também proporciona programas de incentivo de vendas para os profissionais cadastrados. Além disso, a Shell também realiza workshops presenciais para treinamento deste público. Os convidados são profissionais que trabalham tanto em revendas quanto em postos. Após esta capacitação, há uma avaliação do conhecimento adquirido e entrega de certificados. Neste ano, pretendemos manter esta ação e continuar levando informações atualizadas sobre nossos produtos.

 

O Mecânico: Quais cuidados o mecânico deve ter na hora de escolher um lubrificante?
Otavio: Assim como o consumidor, o mecânico deve estar atento à indicação do fabricante, principalmente em relação ao intervalo de troca recomendado e a viscosidade, a principal característica a ser observada. A viscosidade é definida pelo fabricante baseada nos tipos de metais usados e os níveis de folgas que existem no equipamento.
Outro ponto importante são os níveis de performance indicados em cada produto. Há entidades que medem esses níveis e os agrupam de acordo com classificações, como a API SN. Cada fabricante requer um nível mínimo de performance e, de acordo com o desenvolvimento dos motores, essa exigência aumenta. O profissional precisa estar atento a essas exigências dos motores na escolha do lubrificante. Além disso, ele deve observar o hábito de uso do consumidor e se o motor apresenta alguma anormalidade que necessite de um intervalo de troca precoce. Um profundo conhecimento sobre o portfólio de produtos disponíveis e suas especificações também ajuda na indicação do lubrificante mais adequado.

 

O Mecânico: Quais são as dicas para o mecânico fazer o descarte correto de óleo em sua oficina?
Otavio: Todas as informações sobre segurança no armazenamento e manuseio de descarte de lubrificantes podem ser obtidas nas Fichas de Segurança de cada produto (FISPQ), que estão disponíveis para consulta e download no site https://www.epc.shell.com/

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