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Lançamento: Nissan GT-R no Brasil

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O “Godzilla”, como é chamado pelos fãs, chega em sua versão 2017, com 20 cv a mais de potência e aerodinâmica refinada. Pós-venda da Nissan tem operação especial para atender os clientes que comprarem o superesportivo de R$ 900 mil

Texto: Fernando Lalli
Fotos: Fernando Lalli/Divulgação


A Nissan finalmente lança no Brasil um dos mais badalados superesportivos do mercado internacional: o GT-R. Lançado em 2007 e agora re-estilizado, o GT-R é um dos veículos de produção em série mais rápidos do mundo: seu motor 3.8 V6 biturbo 24 válvulas gera 572 cv de potência e aproximadamente 65 kgfm de torque máximo. Fabricado no Japão, o “Godzilla” será vendido no Brasil por encomenda (espera de três a quatro meses), com preços de R$ 900 mil (acabamento interno preto) e R$ 920 mil (para as outras quatro cores opcionais de acabamento).

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O GT-R tem motor produzido artesanalmente por cinco técnicos especializados chamados de “takumis”, palavra em japonês que significa “artesãos”. Os takumis trabalham dentro de uma sala exclusiva e com alto nível de limpeza. Cada motor recebe uma placa de alumínio com a assinatura do especialista responsável pela montagem.

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Chamado pela fábrica de VR38DETT, o motor do GT-R possui diversos recursos especiais para gerar alto desempenho e, ao mesmo tempo, respeitar regras ambientais. Um desses recursos são os cilindros revestidos com jato de plasma, técnica que proporciona menor atrito, menor peso e maior capacidade de resfriamento. Para reduzir emissões em partida a frio, o motor dispõe de segundo sistema de gestão do ar. O resfriamento do óleo é controlado termostaticamente. Ainda, há uma bomba de recuperação de óleo para manter o fluxo de lubrificação nos turbos, além de sistema lateral de lubrificação seco e úmido do cárter.

Cada motor é assinado pelo "takumi" responsável por sua montagem
Cada motor é assinado pelo “takumi” responsável por sua montagem

Mais potente

Na versão 2017, o motor está 20 cv mais potente que o anterior, gerando até 572 cv a 6.800 rpm. Segundo a Nissan, o ganho veio do aumento da pressão nos turbos e de um sistema de temporização da ignição que é controlado individualmente por cada cilindro, tecnologia que veio do GT-R de competição. A fabricante explica que esse sistema reduziu significativamente a autoignição e a emissão de poluentes, já que a queima de combustível está mais limpa e eficiente. Benefícios das alterações são vistos também na melhor aceleração em rotações médias (acima de 3.200 rpm), com rendimento máximo do torque disponível em uma faixa maior de utilização.

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Outra alteração está no sistema de exaustão de titânio, que gerencia melhor as altas temperaturas dos gases de escape provenientes do motor. O sistema inclui um duto logo à frente do silenciador que orienta o ar para a área do difusor traseiro, ajudando assim a resfriar o silenciador.

A transmissão de dupla embreagem com 6 velocidades também recebeu melhorias. A troca de marchas está mais precisa em baixa aceleração. A fabricante explica que, ao dirigir em condições de potência menor, como em grandes centros urbanos e estacionamentos, a maior precisão do atuador de troca de marchas permite que a transmissão funcione de forma mais silenciosa. Por sua vez, a “borboleta” do câmbio foi montada diretamente no novo volante (antes, era fixa na coluna de direção), o que facilita a mudança de marchas durante o esterço.

O GT-R tem tração nas quatro rodas, com o torque transmitido por um sistema chamado de ATTESA E-TS (Advanced Total Traction Engineering System for All-Terrain, ou “sistema avançado de engenharia para tração total em todo terreno”). A Nissan explica que, em condições normais de condução, o GT-R tem toda a tração na traseira (0:100). A distribuição da tração varia entre os eixos de acordo com a leitura eletrônica da velocidade, aceleração lateral, ângulo de esterçamento, rotação do pneu, superfície de rodagem e velocidade angular.

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Mais estabilidade e segurança

Em sua versão 2017, o GT-R ganhou novo ajuste do sistema de suspensão e uma estrutura de carroceria mais rígida. O sistema de amortecedores ajustáveis DampTronic, fabricado pela empresa alemã Bilstein, foi melhorado por meio de um novo obturador da válvula, reduzindo perdas de resistência. O sistema DampTronic oferece três opções de configuração ao motorista: “Normal”, “Comfort” (para um máximo de flexibilidade) e “R”. A transmissão e o sistema de controle de estabilidade VDC seguem o mesmo princípio de funcionamento adaptável de três estágios. As melhorias deixaram o GT-R 4% mais rápido em testes de slalom do que o modelo anterior, informa a Nissan.

Os freios contam com pinças Brembo com seis pistões na dianteira e quatro na traseira, discos flutuantes tipo full-floating Brembo com 15,35’’ na frente e 15,0’’ na traseira, rotores duplos perfurados, e das pastilhas de freio de alta resistência, produzidas em liga leve. As pinças contam com montagem radial do tipo competição para reduzir o arqueamento durante frenagens em condições extremas.

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Além da maior rigidez estrutural da plataforma, os itens de segurança de série no Nissan GT-R 2017 incluem o sistema de airbags da Nissan com bolsas infláveis complementares com abertura em dois estágios para os passageiros dianteiros, sensores nos cintos de segurança e sensores de classificação dos ocupantes, que têm a capacidade de ajustar o nível de abertura das bolsas do sistema com base no uso do cinto de segurança e na gravidade da colisão.

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O superesportivo ainda possui dois airbags laterais nos bancos, airbags laterais de cortina instalados no teto, uma coluna de direção absorvedora de energia, além do sistema LATCH (Lower Anchors and Tethers for Children – sistema de fixação e segurança para crianças), com dispositivos de retenção para crianças compatíveis com a norma ISOFIX.

Outras tecnologias com foco na segurança incluem o já citado VDC (Advanced Vehicle Dynamic Control), um sistema de controle eletrônico de estabilidade que conta com três modos personalizáveis pelo condutor (Normal, R-Mode, Off); o sistema de controle eletrônico de tração (TCS), o sistema ABS e a distribuição eletrônica de frenagem (EBD), além de câmera de ré, sistema de monitoramento da pressão dos pneus (TPMS), e acendimento automático dos faróis.

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Design funcional, externa e internamente

A maioria das mudanças no visual externo do GT-R 2017 teve como objetivo melhorar o resfriamento do fluxo de ar, sem aumentar o arrasto aerodinâmico. Por exemplo, a grade diferenciada foi alargada em 20% para aumentar o fluxo de ar que resfria o motor, sem provocar mais arrasto.

Já o interior painel foi redesenhado para ficar mais intuitivo e deixar o motorista mais focado na pilotagem do veículo. O layout do painel central traz tela LCD permite que o motorista customize os parâmetros e informações de performance do veículo que ele considera mais relevantes, como dados da temperatura do líquido de arrefecimento, do óleo do motor e da transmissão, além da pressão do óleo do motor, da transmissão e do atuador de sobrepressão do turbo.

Menos comandos, mais foco na pilotagem
Menos comandos, mais foco na pilotagem

Pós-venda

O Nissan GT-R chega ao mercado brasileiro com atendimento diferenciado. O comprador contará com um call center exclusivo, serviço de pós-vendas especializado, com profissionais e estrutura de manutenção dedicada na concessionária Nissan Carrera, localizada em São Paulo/SP. Apesar dos serviços de manutenção estarem centralizados em uma única unidade, a fabricante ressalta que a rede está treinada para fazer a revisão básica do superesportivo.

O processo de venda também pode começar por qualquer revenda da marca, independentemente da localização e estas os indicarão para a Nissan Carrera, que dará continuidade ao processo. A expectativa da fabricante é vender pelo menos dez unidades do “Godzilla” no Brasil por ano. A unidade apresentada à imprensa nesta terça-feira, 27/09, já está vendida.

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Ficha técnica

Nissan GT-R 2017 (R35)

Motor
Nome do Motor: VR38DETT
Número de cilindros, configuração: V6, biturbo
Válvulas por cilindro: 4
Cabeçote: DOHC com comando continuamente variável
Capacidade Volumétrica: 3.799 cm³
Diâmetro e Curso: 95,5 x 88,4 mm
Potência máxima: 572 cv a 6.800 rpm
Torque máximo : 64,96 kgfm de 3.300 a 5.800 rpm
Taxa de compressão: 9,0
Sistema de ignição: Sistema de Ignição Direta Nissan
Sistema de injeção de combustível: Multiponto
Sistema de Controle de Emissões: Catalisador de 3 vias e sistema de injeção de ar secundário

Transmissão
Configuração: Eixo transversal traseiro independente (4×4)
Caixa de marchas: Dupla embreagem de seis velocidades
Relações de marchas:
1ª 4,056
2ª 2,031
3ª 1,595
4ª 1,248
5ª 1,001
6ª 0,796
Ré 3,383
Relação de Transmissão Final (Frente/Traseira): 2.937 / 3.700
Diferencial de deslizamento limitado: 1.5 Way LSD mecânico

Chassis
Suspensão dianteira: Independente, braço duplo de alumínio forjado independentes, links superiores e inferiores
Suspensão traseira: Multi-link com alumínio forjado links superiores, independente
Amortecedores dianteiros e traseiros: Bilstein DampTronic
Direção: Pinhão e Cremalheira controlada eletrônicamente, com assistência variável
Freios: Discos ventilados com pinças de alumínio com 6 pistões na frente e 4 na traseira
Freios dianteiros e espessura: 390 x 32,6mm
Freios traseiros e espessura: 380 x 30 mm
Pneus e Rodas: 255/40 ZRF20 (Frente), 285/35 ZRF20 (Traseiros) / 20″x 9.5″(Frente), 20″x10.5″(Traseiros)

Pesos e Dimensões
Peso em ordem de marcha: 1.752 kg
Peso máximo por eixo (PAW) / frente: 1.080 kg
Peso máximo por eixo (PAW) / traseiro: 1.165 kg
Comprimento: 4.710 mm
Largura: 1.895 mm
Altura: 1.370 mm
Entre-eixos: 2.780 mm
Bitola dianteira: 1.590 mm
Bitola traseira: 1.600 mm
Diâmetro de giro: 12,2 m
Voltas do volante (batente a batente): 2,4
Coeficiente de arrasto: 0,26 cx
Vão livre do solo: 105 mm
Capacidade do porta-malas (VDA) 315 litros
Capacidade do tanque: 74 litros

Desempenho
Consumo combustível na Cidade: 5,88 km/l
Consumo combustível na Estrada: 11,11 km/l
Emissões de CO²: 275 g/km
Aceleração máxima: 313 km/h

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