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Raio-X – Honda Fit: Pau pra toda obra

 

Robusto, confortável e prático, Honda Fit surpreende pelo seu tamanho e capacidade de carga. Já na mecânica ele é simples e prático.

Texto e fotos: Leonardo Barboza

 

Olhando por fora, o Honda Fit aparenta apenas mais um hatch feito para se locomover em centros urbanos. Porém, a primeira impressão é falsa. A bordo do monovolume, tudo muda. O sistema “magic seat” permite ao Fit se transformar desde um veículo de carga até em uma sala de estar. Graças a esse sistema, muitos consumidores que compram o Fit se
apaixonam pelo veículo e quando pensam em trocar de carro, muitas vezes a intenção é pela compra de outro Fit mais novo. A versão avaliada pela Revista O Mecânico é a EX, que custa a partir de R$ 78.300 e já vem equipada com diversos equipamentos de série, tais como sistema de controle de tração e estabilidade, assistente de partida em subidas, 4 airbags, central multimídia de 7”, ar-condicionado digital e luzes diurnas (DRL).

 

Já seu trem de força é composto pelo conhecido motor de quatro cilindros, 1.5 Flex 16v, de 116 cv e 15,3 kgfm quando abastecido com etanol. A transmissão traz caixa CVT, que simula 7 velocidades virtuais, proporcionando mais esportividade ao veículo sem deixar de lado a economia de combustível, que por sinal é muito boa. Segundo os testes de consumo de combustível realizado pela Revista CARRO, o Fit abastecido com etanol registrou as marcas de 8,3 km/l em trecho urbano e 11,4 km/l no rodoviário.

 

Diante de todas essas qualidades, não é à toa que o Fit é o mais vendido na sua categoria, superando a marca de mais de 2.800 veículos emplacados no último mês de outubro, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

 

 

 

 

 

 

TURISTA NA OFICINA

 

Com o histórico de baixa manutenção e poucas passagens pelas oficinas, levamos o monovolume na oficina High Tech, no bairro da Lapa, São Paulo para o mecânico e proprietário Roberto Ghelardi Montibeller, que avaliou mecanicamente a construção do modelo, assim como, as condições de diagnóstico e manutenção.

 

PROPULSOR

 

Para proporcionar o maior espaço possível dentro da cabine, o cofre do motor acabou sofrendo com a perda de espaço, tornando a manutenção mais complexa. Mas apesar do espaço ser bem limitado, Roberto afirma que não há grandes dificuldades para a remoção dos componentes.

 

Já com relação às manutenções de rotina e programadas, Roberto ressalta a facilidade da manutenção de componentes de injeção, ignição e alimentação, tais como a limpeza do corpo de borboleta, bicos injetores, troca das velas de ignição (que são apenas quatro), troca do filtro de óleo do motor (que está na “cara do gol”, afirma o mecânico), filtro de combustível (localizado próximo ao quadro de suspensão dianteiro devido à posição central do tanque de combustível) e os demais filtros, localizados nas posições de praxe.

 

 

 

CÂMBIO

 

O Fit utiliza uma transmissão CVT de 7 marchas simuladas virtualmente. “Embora seja muito difícil que essas transmissões deem manutenção, é necessário ficar atento com o prazo e quilometragem da troca do fluido de transmissão. A maioria dos problemas ocorridos nesse câmbio são devidos à falta da substituição do fluido de transmissão corretamente”, explica Roberto.

 

 

 

 

 

ARREFECIMENTO

 

O Fit é equipado com sistema de arrefecimento muito comum em veículos orientais, que não possuem reservatório de expansão. Roberto alerta para a tampa do reservatório do radiador.

 

“Eu aconselho a sempre substituir esse tipo de tampa por outra peça original. Ela é responsável por regular a pressão do sistema de arrefecimento. Já troquei por algumas peças de reposição não originais e tive problemas no sistema de arrefecimento”. Outro detalhe interessante é de utilizar a solução de arrefecimento original da Honda, ela já vem com a mistura ideal e na quantidade certa.

 

UNDERCAR

 

O undercar é bem simples e de boa qualidade. Um destaq e é a proteção de plástico do motor e transmissão, que substitui o famoso “peito de aço”, comenta Roberto.

 

Ele ainda opina sobre a qualidade do sistema de exaustão, que utiliza materiais de excelente resistência. “Se o veículo não sofrer nenhuma pancada no sistema devido ao mau uso, a vida útil da peça pode considerar a mesma vida do carro. Cada vez mais esse componente é menos substituído”.

 

 

SUSPENSÃO / FREIOS

 

O Honda possui sistemas de suspensão bem convencionais e de fácil manutenção, tanto dianteira quanto traseira. O proprietário da oficina High Tech apenas se queixa do acesso aos parafusos superiores dos amortecedores dianteiros e traseiros no momento em que for necessária a remoção

 

“Na parte dianteira, o parafuso não tem acesso: fica embaixo da grade de plástico da churrasqueira. É necessário remover as palhetas dos limpadores de para brisa, retirar a churrasqueira de plástico cuidadosamente para assim poder ter acesso ao parafuso. Já na parte de trás é necessário remover a forração de carpete para ter o acesso ao parafuso. Esses detalhes devem ser feitos com mais cuidado e roubam um tempo a mais na hora da manutenção”.

 

Em relação ao sistema de freios, nada muda. “O sistema é convencional, com freios a discos ventilados na dianteira, tambores na traseira e a unidade do ABS tem boa localização para manutenção”, finaliza Roberto

 

Ficha técnica

HONDA FIT EX 1.5 CVT
Motor
Posição: Dianteiro transversal, Gas/Etanol
Cilindros: 4 em linha
Válvulas: 16V
Taxa de compressão: 11,4:1
Injeção de combustível: : injeção eletrônica multiponto
Potência: 116 cv (E) a 6.000 rpm / 115 cv (G) a 6.000 rpm
Torque: 15,3 kgfm (E) a 4.800 rpm / 15,2 kgfm (G) a 4.800 rpm 

Câmbio
CVT, 7 marchas

 

Freios
Dianteira: Disco ventilado

Traseiros: Tambor

 

Direção
Elétrica

 

Suspensões
Dianteira: Independente, McPherson
Traseira: Eixo de Torção

 

Rodas e Pneu
Rodas: Liga leve, 16 polegadas
Pneus:
185/55 R16

 

Dimensões
Comprimento (mm):4.096
Largura (mm):1.694
Altura (mm):1.535
Distância entre eixos (mm): 2.530

 

Capacidades
Porta-malas: 45 litros
Caçamba: 363 litros

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