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Entrevista: Investindo em oportunidades

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Claudio Doerzbacher Jr., CEO da Gauss, fala do momento da empresa perante a atual situação econômica e do trabalho da empresa no lançamento de novas linhas de produtos para sistemas de injeção eletrônica na reposição

 

Revista O Mecânico: A Gauss surgiu em 1997, portanto, é uma empresa que acompanhou a evolução tecnológica dos últimos 20 anos em nosso setor. Conte-nos um pouco sobre como a empresa surgiu e se estruturou.
Claudio Doerzbacher Jr.: A Gauss surgiu da evolução do conhecimento adquirido anteriormente por seus fundadores na remanufatura e venda de autopeças no mercado brasileiro. Explorando as falhas das indústrias existentes no mercado e as oportunidades que haviam, a Gauss ofereceu um bom produto com custo competitivo e foco principal em atender bem ao cliente. Depois, adquiriu uma unidade de fabricação de circuitos eletrônicos sobre cerâmica (Thick Film), colocando-se assim em um patamar de vanguarda no mercado nacional e ampliando a sua estratégia de ser uma empresa bem posicionada no mercado, podendo ampliar sua oferta de produtos e oferece-los também ao mercado internacional.

 

O Mecânico: Vocês possuem sede em Curitiba/PR, mas mantêm uma unidade na China. Por que a decisão de abrir uma unidade naquele país? As peças fabricadas lá são destinadas para o Brasil ou para o mercado externo?
Claudio: Logo depois de atingir o mercado internacional, a Gauss, como todas as indústrias, passou a sofrer com a valorização do Real (que se intensificou a partir de 2006). Assim, para não perder sua competitividade internacional e também para ajudar o fornecimento de produtos no mercado interno, resolvemos abrir nossa segunda planta na China. Hoje essa planta atende principalmente ao mercado internacional e serve como base para desenvolvermos ferramentais e também fornecedores de matéria prima para nossa produção no Brasil.

 

O Mecânico: Qual é a capacidade produtiva atual das unidades da empresa e a quantos países essa produção atende?
Claudio: Hoje vendemos para mais de 50 países. Temos uma capacidade produtiva anual de mais de 6 milhões de unidades, combinando as duas plantas.

 

O Mecânico: Como tem sido para a Gauss enfrentar o atual momento econômico em nosso País, que afeta diretamente o mercado automotivo e o poder de compra dos consumidores finais?
Claudio: O mercado de reposição ainda se beneficia do boom de vendas de veículos novos que tivemos nos anos anteriores, principalmente de 2010 a 2013. Porém, foi nesse período que o governo abandonou completamente o controle dos gastos públicos e ‘programou’ a crise que vivemos hoje. Isso então cria um cenário dúbio para nós: mercado de reposição potencialmente aquecido, mas com os donos dos carros em condições financeiras piores para fazer o reparo. Isso prejudica toda a cadeia, pois pressiona o preço, aumenta chance de inadimplência etc.
Particularmente, estamos conseguindo crescer, porque investimos muito no lançamento de produtos e novas linhas, bem como, estamos fortalecendo o trabalho junto ao aplicador, para quem nós queremos passar a maior quantidade de informação possível e a confiança de que pode contar com a Gauss, inclusive como opção mais econômica que marcas originais.

 

O Mecânico: A indústria de autopeças se reuniu no mês de junho na Autopar, no Paraná, e a Gauss também esteve presente como expositora. Qual foi a sua impressão sobre a feira? Foi possível perceber sinais de otimismo no mercado e melhora nos negócios?
Claudio: A feira foi muito boa, talvez a melhor que já fizemos na Autopar. Tradicionalmente conseguimos atrair o público, porque gostamos de falar com o aplicador e o tratar bem. Nessa feira, destacamos nosso trabalho em injeção eletrônica, o que ampliou o público alvo. Percebemos na feira nosso cliente distribuidor e nosso público final aplicador preocupados com a situação do momento, mas interessados em melhorar seus negócios, ampliando o conhecimento a respeito de produtos, fornecedores, aplicações etc.

 

“Particularmente, estamos conseguindo crescer, porque investimos muito no lançamento de produtos e novas linhas, bem como estamos fortalecendo o trabalho junto ao aplicador”

 

O Mecânico: Recentemente, a empresa começou a investir em uma nova linha de componentes para injeção eletrônica. Por que a empresa decidiu desenvolvê-la? Quais produtos fazem parte dessa linha e quantas aplicações irão abranger?
Claudio: Com a instalação da fábrica de circuitos eletrônicos dentro da nossa unidade no Brasil, a Gauss adquiriu tecnologia para a fabricação de um range maior de produtos que se baseia na eletrônica, como itens de ignição e injeção eletrônica. A partir daí começamos a fazer um trabalho comercial de desenvolvimento de linhas e agora de divulgação.
Hoje fornecemos módulos, bobinas, cabos e velas de ignição; quase toda a linha de sensores; bomba de combustível, bicos injetores, atuadores etc. Temos mais de 1.500 itens em nossos catálogos brasileiro e internacional e eles atendem quase que a totalidade da frota do Brasil.

 

O Mecânico: A especialidade da Gauss para o mercado automotivo são as peças da linha elétrica. Quais outras autopeças, além da nova linha de injeção, fazem parte do portfólio da empresa?
Claudio: Dividimos nossas linhas em: Elétrica, Injeção e Ignição.

 

O Mecânico: Como a Gauss identifica a demanda por novos componentes e aplicações no mercado?
Claudio: Hoje temos um radar ligado para os veículos que estão sendo lançados, inclusive de tecnologias e aplicações recentes que estão chegando. Não esperamos mais o período do veículo sair da garantia e do reparo nas concessionárias. Isso porque o mercado é muito dinâmico e algumas aplicações vão para o mercado de reposição muito rápido, seja pelo perfil de uso do veículo, ou seja, pelo próprio projeto da peça.

 

“Entendemos que o aplicador precisa de muita informação, principalmente, em um mercado de tanta evolução tecnológica”

 

O Mecânico: Quais iniciativas a Gauss direciona para auxiliar os mecânicos que aplicam as peças da marca?
Claudio: Criamos um departamento chamado TecGauss, cujo objetivo é passar informações técnicas a respeito dos nossos produtos e dos sistemas onde eles são aplicados. Fazemos isso através de vídeos técnicos, redes sociais, visitas técnicas ao aplicador, palestras, e-mail marketing, divulgação no site, etc.

 

O Mecânico: Na visão da Gauss, qual é a importância de disseminar informação técnica para o mecânico independente?
Claudio: Entendemos que o aplicador precisa de muita informação, principalmente, em um mercado de tanta evolução tecnológica. O objetivo é ajudar nessa melhor capacitação do aplicador, e também criar esse vínculo com ele para deixá-lo confiante em usar os produtos Gauss, que sabemos, pode ajuda-los em muito no seu dia-a-dia, tanto em termos técnicos, quanto em termos econômicos.

3 comentários em “Entrevista: Investindo em oportunidades

  1. Bom eu sou aplicador das peças gostei muito .tá bem melhor como antes Parabéns continue assim .
    OBRIGADO

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