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De Carro Por Aí: FIAT será Xing Ling ou alemã?

Por Roberto Nasser

Notícia da semana, especulação da venda do controle acionário FCA agrupando marcas Fiat, Chrysler, Jeep, Alfa Romeo, à GAC – Guangzhou Automobile Group –, sua sócia em empreendimento chinês de produção de Jeep Cherokee, Renegade e Compass. É estatal, associada à FCA, Honda, Toyota. Notícia do jornal italiano Il Giornale, repercutida no Brasil por Quatro Rodas e o portal Flatout.

Menos alarde a conteúdo idêntico notícia de Automotive News Europe. No caso, interessado seria o Grupo Volkswagen, hoje com 12 marcas diferentes e com duas referências mundiais: maior fabricante em 2016; uma de suas controladas, a Porsche, consegue o maior lucro unitário na atividade.

Fiat no Brasil desconhece o assunto, e indicada visitação de grupo de chineses para conhecer a operação em Minas, no jargão do ramo uma Due Diligence.

Vender o controle ou a totalidade das ações com direito a votos é questão se situa na fina linha a separar o Possível e o Provável. A FCA não é administração Fiat ou Chrysler empresas nascidas e crescidas sobre o mito do automóvel. Sucessora indica tal pendão, fruto de corajoso atrevimento, e tem cabeça negocial, voltada a ganhos e cifrões, onde o automóvel deixou de ser mito. Com o brilhante e inquieto CEO ítalo-canadense Sergio Marchionne nos últimos meses de contrato; com o Presidente da empresa e da holding, o herdeiro ítalo-norte-americano John Elkann de perfil mais assentado, condições e capacidade de discussão há, como também existe indomada habilidade de gerar notícias, como a nunca formalizada, embora multi divulgada, proposta em extremo oposto, da FCA para comprar a General Motors.

Corolla 2018. Mudanças estão na cara


A responsabilidade de manter-se superior à queda de vendas no mercado, fez Toyota evoluiu seu produto mais caro no Brasil, o sedã Corolla. Adotou o modelo mundial, mas aplicou peculiaridades locais, apostando na sensibilidade dos clientes, item nem sempre mensurável, pois maiores intervenções não são visíveis, mas apenas perceptíveis. Mudanças são identificadas visualmente.

Como é
Puxa a lista tardia incorporação do controle eletrônico de estabilidade, item de segurança presente em boa parte da frota e a caminho de se tornar obrigação legal. No pacote agregou sete almofadas de ar e assistente para partida em rampa. Conversão local, trato na suspensão: mais firme, melhor ajustada, possivelmente mais segura, e com direção mais precisa, em assistência elétrica. Último, bom tratamento termo acústico.

Externamente mudanças estão no conjunto frontal – grade, luzes e para choques. Está melhor conformado ante a série anterior, e instiga pergunta natural: com faróis transformados em item de decoração, crescendo no sentido dos para lamas, em quanto tempo chegarão ao para brisas?…

Atrás, lanternas com novo desenho e empregando lâmpadas em LED.

Mecanicamente sem mudanças, mantidos motores de L4, cilindradas de 1,8 e 2,0 dois litros, DOHC, 16V, potencias inalteradas, 139/144 e 143/153 cv. Transmissões manual 6M para versão 1,8, e polias variáveis, com sete marchas imaginárias comandáveis por alavancas no volante de direção, e regulagem Sport. Rodas em liga leve aro 16“ nas versões GLi e 17” acima dessas.

P’ra quê?
Desviou o olhar dos concorrentes Honda Civic e Chevrolet Cruze, cuja bandeira superior é versão turbo, com mais performance e menos consumo. Mirou nos 80% dos clientes das outras versões, melhorando seus produtos. Isto regulou os preços, fez absorver alguns itens agregados para melhorar conteúdo, e recriar versão XRS, com adereços como aerofólio traseiro de eficiência discutível e desconhecida esportividade. Topo da linha aplica o nome Altis, na matriz modelo superior. Conserva duas opções atrativas: 1,8 câmbio mecânico com 6M a frotistas e taxistas; e GLi CVT a portadores de necessidades especiais.

Suspensão bem acertada – até parece terem ouvido sugestões da Fiat, reconhecidamente boa na especialidade –, e cuidado na filtragem do som garantem rolar de maior conforto, à altura do comprador local.

Faz-nos reconhecer nossa pobreza enfeitada. Em outros mercados, nos EUA, por exemplo, Corolla é carro de aluno de pré-vestibular ou de provectas senhoras, aposentadas ou viúvas, não moradoras de capitais e, característica intrínseca, acionistas – ou ex – da General Motors. Na hiporrenda brasileira, é de executivo em ascensão ou bem aposentado, exigentes em conforto e ambiência interna.

Quanto custam
Todos com direção eletroassistida, ar condicionado, chave canivete com comando de alarme, computador de bordo, direção regulável, som com Bluetooth, vidros e retrovisores acionados eletricamente, volante multi funcional. As superiores agregam chave presencial, TV, GPS, câmera de ré e ar digital duas zonas.

Versão
1.8 GLi manual (a frotistas) R$ 69.690
1.8 GLi CVT (a PNE) R$ 69.990
1.8 GLi Upper CVT R$ 90.990
2.0 XEi CVT R$ 99.990
2.0 XRS CVT R$ 108.990
2.0 Altis CVT R$ 114.990

Corolla, aprimorado ao mercado nacional

Nissan Frontier, grandes mudanças


80 anos de história – e pouco mais de duas décadas no Brasil – Nissan lança 12a geração do seu picape Frontier. Já descrito e detalhado pela Coluna, em relevo pelo fato de vir a ser produzido na Argentina e base para três marcas – Nissan, Renault e Mercedes –, sua característica principal deve ser a resistência.

Está construído sobre chassi formado por quatro longarinas em forma de “C”, embutidas duas a duas, ligadas por oito travessas. Combinação muito reduzirá torções do uso com peso admitido de 1t, e impactos provenientes do emprego de eixo rígido traseiro tentativamente amenizados pelo uso de molas helicoidais, unusuais em picapes. Nissan diz, chassis é 4x mais resistente ante geração anterior. Cabine e carroceria em aço de elevada resistência e menor peso.

Motor reduziu peso, volume e cilindrada. Agora são 2.300 cm3 com duplo turbo e poderosa injeção com 2.000 atmosferas de pressão, gerando 190 cv e bom torque de 45,9 m.kgf. Motor anterior produzia potencia idêntica, mas era 2,5 litros e mais pesado. Há atualizações: emprego de dois turbos, bomba de óleo com comando elétrico, acionamento dos comandos de válvulas por corrente.

Há outros diferenciais: bancos Gravidade Zero, inspirados em tecnologia da NASA para eliminar a fadiga; intensa agregação de eletrônica, com controles de tração e estabilidade, freios com ABS, controle eletrônico EBD, assistente BA, controle automático para descida HDC e de saída em inclinação. Ávaro nas duas almofadas de ar exigidas por lei.

Transmissão automática de sete velocidades, sequencial para trocas manuais, e relações adequadas ao trabalho, com as primeiras marchas mais reduzidas. Há, no painel e perto da porta dianteira esquerda, botão para limpar o filtro particulado do diesel – deixou a dúvida: jogará resíduos em via pública?

Seguiu os concorrentes, conectividade e confortos eletrônicos de automóvel.

Ponto deficiente é o estilo, espécie de marca da Nissan, excetuada apenas quando iniciou produzir no Brasil. Logo substituiu o modelo, mantendo linha caracterizada pela frente com duas barras inclinada, vistas como um “V”.

Será importado do México na versão de topo SE a R$ 166.700, inferior ao mirado Toyota HiLux. Em 2018 produção na Argentina.

Frontier em 12a geração. Design não é o forte.

Roda-a-Roda


Abrasão – Garante imprensa europeia, desgaste entre Ferdinand Piech, neto do professor Porsche, ex CEO e presidente do Conselho da Volkswagen, com esta mesa por declarações sobre emissões de poluentes pelos motores VW 2,0 diesel.

Negócio – Mesmas fontes garantem oferta familiar para assumir sua fatia na Porsche SE, holding familiar controladora de 12 marcas, incluindo Volkswagen. Ferdinand, 79, detém 14,7% e a ele ofereceram US$ 1,1B. Parece pouco. Todas as marcas valeriam apenas pouco mais de US$ 6B?

Adeus – Seu último cargo em vida inteira envolvido em veículos, é ser membro do conselho da holding. É talento provado em cada uma das marcas por onde passou, e a saída não tem razões técnicas, apenas meramente emocionais. Aceitará ou irá manter-se ativo palpiteiro? Difícil imaginá-lo quieto.

Bye Bye – Empresário Sérgio Habib – 50 revendas entre JAC, Citroën e VW – devolveu a representação da Aston Martin. Vendeu três unidades em 2015 e duas ano passado, números abaixo do custo operacional. Crise econômica.

Caminho – PSA encerrou fase inicial de investimentos de US$ 320M no ajuste da fábrica de Palomar, Argentina, onde produz Peugeots e Citroëns. Festa com Carlos Tavares, CEO mundial e Carlos Gomes, responsável pela América Latina.

Conjunto – Projeto é ocupar espaços no Continente capaz de se expandir, ao contrário dos mercados acima do Equador. Operação grande, pois, a plataforma de múltiplo uso para futuros produtos é a CMP, pela Dongfeng, chinesa sócia da PSA.

Multi – Permite fazer microcarros, compactos, sedãs e SAVs com motores endotérmicos ou elétricos, a países em desenvolvimento, de condições ásperas.

Coração – Reinauguração por Mauricio Macri, presidente argentino. Conhece bem as instalações. Ali funcionava a Sevel, de sua família, onde montava Peugeots, Fiats e Chevrolets. Presidiu-a até 1995.

Picape – Em entrevista escorregadia na Argentina, os Carlos Tavares e Gomes confirmaram tripartite picape Peugeot para 1t. Desenvolve com Dongfeng e Toyota, visando Ásia, África e América Latina.

Questão – Nos desencontros entre o bom trabalho da Polícia Federal na Operação Carne Fraca, a trapalhada na divulgação de impensados e geométricos resultados, e as reclamações contra a entidade, para atingir reflexamente ações contra Mensalão e Lava Jato, há dois pontos desconsiderados pelo Governo.

Aqui – Notícia disparou por conta da descrença popular, a sensação notória de falta de autoridade no país, permitindo crédito a toda ocorrência, mais estapafúrdia. No cenário a onipresente lama borra os Três Poderes.

Mais – Ponto fulcral, olimpicamente relegado, é a politização da administração, com nomeação de condutores laureados por interesse partidário, com atos ou omissões inseparáveis dos interesses externos e espúrios.

Solução – Enquanto a administração pública não tiver como base concurso, conhecimento, formação acadêmica e meritocracia, as falhas, erros, imprevidências, escândalos serão manchetes diárias. Assim como as perdas.

Conforto – Fiat implementará conforto urbano para o Mobi com sistema Dualogic, automatizador da caixa de marchas. Novo adjutório ajudou-o a ser o mais econômico do país, superando o VW up! TSI neste quesito. Opcional de preço indefinido. Restante da linha R$ 2.500. Vendas fim de abril.

Moda – Para marcar ganhos operacionais de seu Focus elétrico – indisponível no Brasil -, Ford criou cor metálica, o Verde Ultrajante. O Pantone Color Institute, referência na especialidade, escolheu-a Cor do Ano 2017.

Focus Verde Ultrajante

GenteKarim Habib líbano-canadense, designer, promoção. OOOO Deixou a BMW e assumiu como novo chefe no setor na Infiniti, marca de luxo da Nissan. OOOO Mudança é consequente à aposentadoria de Shiro Nakamura, dito o Rei do Crossover e a autor dos traços do Kicks. OOOO Causará ciúmes. OOOO Será o único da equipe capaz em falar em árabe com o presidente da empresa, o líbano-brasileiro Carlos Ghosn. OOOO

Mercedes Actros

Boa safra, boa para o Mercedes Actros


Com previsão de colheita de recordes 219 milhões t de grãos, o agronegócio lidera o reviver econômico do Brasil, e motiva aquisição de veículos para trabalho. Uma das maiores empresas do setor, operando no Centro-Oeste, o Grupo Cereal festeja a escolha pelos Mercedes-Benz Actros com a aquisição de 15 unidades há quase um ano. Evaristo Barauna, fundador e conselheiro, tem resumo entusiasmado: O motor do Actros fez nossa empresa crescer.

Empresário se refere ao conjunto mecânico ajustado pela Mercedes a partir das sugestões de usuários, liderado pelo motor produzindo 510 cavalos de potência. Realizou série de alterações nos veículos permitindo uso em locais com e sem estradas, mantendo velocidades médias elevadas. Mercedes bem aproveitou os bons resultados criando a frase. As estradas falam, a Mercedes ouve.

Enfatiza Barauna ser crescente a aprovação do Actros no Centro-Oeste pela força, produtividade, robustez e resistência nas operações mix-road. E informa, em quase um ano de operação a frota fez apenas manutenção preventiva.

Grupo Cereal tem frota de 65 veículos, percorrendo distância média de 200 km de estradas sem pavimento entre fazendas de produção e dez armazéns gerais. Daí, transporte de longa distância aos portos de Paranaguá/PR e Santos/SP.

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