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Qualidade em Série: De bem no trabalho

Dicas para o empresário e para os funcionários da oficina viverem em harmonia e com produtividade, oferecendo o que o cliente busca com o retorno esperado

 

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É no trabalho que passamos a maior parte do nosso tempo. É do trabalho que tanto o empresário quanto o funcionário ganham seus sustentos, cada um fazendo a sua parte, sempre com espírito de parceria. Se estamos felizes com o nosso trabalho, produzimos mais e com mais qualidade e satisfação. Isso é um fato que já foi dito e comprovado por diversos especialistas e numa oficina mecânica não poderia ser diferente.

 

Na décima matéria elaborada com a consultoria do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva) abordamos o assunto mais importante num negócio: o ser humano. Não é fácil contar com uma equipe coesa e dedicada ao trabalho, por isso, os empresários da reparação e os seus funcionários, os mecânicos, devem seguir algumas diretrizes para que todos saiam ganhando, principalmente, o seu cliente.

 

A primeira dica para um ambiente de trabalho ideal é elaborar um organograma na oficina, comece esquematizando os níveis de hierarquia bem definidos, assim como a função de cada um. Essa iniciativa é importante e ajuda o cliente a entender o trabalho de cada funcionário, as divisões de serviços e as equipes. “Isso aumenta o profissionalismo na oficina, além de economizar tempo e otimizar os resultados, ampliando a comunicação com o cliente”, analisa José Palacio, auditor do IQA.

 

É essencial encontrar o funcionário ideal para a empresa, para isso o empresário da reparação deve buscar a pessoa adequada para realizar determinadas funções. “Na hora da seleção, deixe claro as suas exigências em relação ao profissional que quer junto às agências de emprego”, diz.

 

Depois de escolhido, o funcionário deve saber exatamente como é a empresa na qual ele trabalha, como está configurada no mercado, sua atuação e qual é o seu papel dentro desse processo. “Conhecendo o objetivo da empresa, sua meta e a maneira como trabalha, o funcionário tem mais chances de ajudar a empresa a evoluir no mercado, além disso ele se sente mais seguro”.

 

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Dessa maneira, ele explica, é mais fácil que o funcionário tenha mais confiança no seu emprego e se comprometa para crescer junto com a empresa. “Tem que vestir a camisa, afinal, quanto mais a empresa ganha mais eu ganho, esse deve ser o seu pensamento”, recomenda.

 

O funcionário certamente influi muito no rendimento da oficina, mas sozinho não pode fazer muita coisa. Ele precisa ter um procedimento montado de como deve se trabalhar em determinada empresa. “Existem três maneiras: a certa, a errada e a maneira de cada empresário, com os procedimentos que ele criou para a sua empresa. Se está funcionando bem, é o modo certo para ele. Perante o mercado, pode não ser a melhor maneira, mas é a que melhor se adaptou ao seu jeito de trabalhar, à sua empresa”.

 

O empresário da reparação pode e deve cobrar dos seus funcionários, devidamente treinados, uma perfeita atuação na oficina. “Mas é importantíssimo que eles sejam treinados, capacitados e estimulados para realizar suas funções”, avalia.

 

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Uniformes

 

Oferecer uniformização adequada é obrigação do patrão, além de ser importante para padronizar os seus funcionários, e valer como um diferencial para o cliente, o que mostra capricho e organização. A identificação, por meio de um crachá, também faz parte do uniforme. “A roupa deve ser de acordo com as exigências do trabalho e da região em que atua. Existem, por exemplo, várias opções de sapatos para cada atuação”, ele esclarece.

 

Cada estabelecimento trabalha de uma maneira, agumas oficinas oferecem cinco uniformes para os mecânicos, um para cada dia, no final da semana, e leva todos para uma lavanderia especializada. Outras dão dois ou três uniformes e deixa o trabalhador lavar em casa. “Depende da estrutura da empresa, mas a questão custo/benefício deve ser avaliada”, completa.

 

Higiene pessoal

 

Alguns procedimentos devem ser tratados antes da contratação do funcionário, para saber desde o começo como funciona, principalmente, se tem a ver com a higiene pessoal de cada um. Faça as regras para que o funcionário siga os procedimentos na íntegra, elabore um manual de procedimentos, para poder cobrar depois. “Não existe uma fórmula, cada empresa faz o seu manual, de acordo com a sua estrutura e expectativas, com bom-senso e consciência”, orienta Palacio.

 

É recomendável que o funcionário tenha:

 

– Higiene pessoal
– Asseio
– Corte de cabelo, barba e bigode em ordem
– Roupas limpas e calçado adequado
– Identificação
– Limpeza e apresentação

 

Perfil básico de admissão:

 

– Ensino médio
– Curso técnico
– Dados pessoais
– Prévias experiências
– Especializações

 

Treinamento

 

Como gestor, o empresário tem a obrigação de oferecer um treinamento básico para os seus funcionários, já as especializações podem ser adquiridas no SENAI e em outras entidades. “Dependendo da modalidade, o funcionário precisa passar por reciclagens”, diz

 

O dono da oficina ainda pode pagar os cursos de especialização para o seu mecânico, mas não é um procedimento obrigatório, apesar de ser um método de incentivo. “Vai depender se o funcionário tem a visão de progresso dentro da empresa, se mostrando interessado. O gestor tem que avaliar se isso vai ajudar a progredir também no seu ramo de atuação, se haverá um potencial crescimento dessa área”.

 

Palacio observa que se o patrão fala que não vai pagar uma certa especialização, pois acha que seu funcionário vão deixar a empresa e usar o conhecimento em outro lugar, ele está fadado a ter apenas novos funcionários, ninguém vai querer construir uma carreira na sua oficina. “Para o empresário é interessante ter gente qualificada”.

 

A dica é fazer um plano de treinamento. Consultar os cursos e fazer a previsão para o ano, dividindo os setores e quem precisa de treinamento ou especialização e quem não precisa. “Vale a pena incentivar seus funcionários a participar de feiras, palestras e workshops do setor, realizados muitas vezes pelos próprios fabricantes”, aconselha.

 

Salário

 

“O homem treinado e interessado no trabalho só traz benefícios para a empresa”, acredita Palacio. O funcionário satisfeito e motivado, bem capacitado para o que ele faz, rende mais, produz mais, oferece mais qualidade de serviço, menos reclamações e menos faltas no trabalho. Resumindo: tem mais interesse em crescer junto com a empresa.

 

Uma equipe motivada leva a oficina para o seu objetivo mais depressa, ou seja, vai prestar o melhor atendimento ao cliente e aumentar o número de ordens de serviços. O salário depende de cada região, da atuação de cada um, do porte da empresa e das capacitações exigidas, mas é importante estimular o funcionário com prêmios e bônus.

 

Palacio afirma que em todos esses aspectos, a certificação tem impacto de forma positiva, pois não somente exige que o funcionário seja capacitado e diz ao gestor que ele deve proporcionar esses treinamentos e especializações.

 

Vale a pena lembrar que empresa é formada por seres humanos, que merecem estar estimulados, treinados e reconhecidos cada um sua função. Um funcionário insatisfeito coloca todo o processo a perder enquanto um trabalhador feliz só faz aumentar a produtividade da sua empresa, o que significa acumular os lucros.

 

DICAS PARA O BOM GESTOR:
– Prover um ambiente de trabalho confortável e saudável;- Remunerar os funcionários de acordo com o trabalho;- Manter diálogos sempre ativos;- Realizar reciclagem e oferecer oportunidades para os seus funcionários conhecerem as tecnologias atuais;

 

– Prover uniforme, treinamentos e especializações;

 

– Incentivar participação em feiras e workshops.

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