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Autopar se firma como segundo maior evento de reposição do Brasil

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Edição de 2014 consagra a feira paranaense com a participação de mais de 500 marcas de toda a cadeia da manutenção automotiva

 

Atualmente, o Estado do Paraná é uma das regiões mais economicamente prósperas do Brasil, com PIB crescendo acima da média nacional. E nenhum setor tem sido tão decisivo para esse resultado quanto o polo automotivo, não só pelas fabricantes de automóveis instaladas por lá, mas também pela cadeia produtiva de autopeças e reparação, cuja forte movimentação pode ser comprovada na sétima edição da Autopar – Feira de Fornecedores da Indústria Automotiva, que aconteceu entre 4 e 7 de junho no Expotrade Convention Center em Pinhais/PR, cidade vizinha à capital, Curitiba.

A organização divulgou que mais de 500 marcas de produtos, lojas e serviços estiveram expostas no pavilhão: um número que poderia parecer até maior ao visitante mais desavisado, que nos apertados corredores da feira foi bombardeado por novidades em peças, oportunidades de negócio, equipamentos, brindes e muito mais – não só da linha leve, como também da linha pesada e até de motos. Além disso, a Revista O Mecânico mais uma vez promoveu o Projeto Atualizar O Mecânico, com palestras gratuitas de técnicos das fabricantes de autopeças diretamente para o profissional da reparação.

Tinha muita mulher bonita e muito chopp? Sim, mas também tinha muitos representantes de autopeças destacados somente para atender aplicadores e lojistas, esclarecendo todos os tipos de dúvida. Afinal, a Autopar é uma feira profissional. Quem esteve lá, achou o que queria – e quem pretende crescer na profissão sabe muito bem que desperdiçar uma oportunidade dessas apenas para se divertir é tempo que não volta. Fica o recado!

E quem não reclamou de absolutamente nada foram as empresas que participaram da Autopar. Cerca de 50 mil visitantes eram esperados, e eles vieram de todo o Brasil, não só da Região Sul: vieram do Rio de Janeiro, Mato Grosso, de São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Fortaleza e muitas outras localidades bem distantes do Paraná, muitos deles dispostos a fazer negócio com os expositores.

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Informação de uma ponta do mercado para a outra

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Mais uma vez, o Projeto Atualizar O Mecânico aproxima fabricantes de autopeças e profissionais da reparação com o objetivo de melhorar a qualidade do serviço para o cliente final. Nascido na própria feira Autopar, o Atualizar recebeu centenas de mecânicos nos auditórios montados no estande da Revista O Mecânico para assistir às palestras gratuitas das empresas parceiras da iniciativa: Affinia (com a marca Nakata), Hengst, Tecfil e Elring.

As salas estiveram lotadas de profissionais da reparação de todo o Brasil. Claudemir Carlos da Mota, de 24 anos, veio de Londrina/PR e dirigiu por 6 horas no sábado só para participar da Autopar e ver as palestras. Apesar de ter trabalhado a semana inteira, ele ainda teve pique para encarar a estrada e incrementar sua formação profissional. No Atualizar, ele viu a palestra da Elring sobre juntas: “Na explicação, eu tirei uma dúvida que eu tinha sobre o Gol 1000 16V, que está queimando junta. Foi muito bom”, elogiou. Ele ainda foi sorteado ao final da palestra e ganhou um Manual Técnico O Mecânico.

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Já o mecânico Sineo Schütz, de 68 anos, morador de Campo Grande/MS, participou de diversas palestras. Ele diz que em todas as feiras Autopar que já participou, ele acumula “uns sete ou oito” certificados do Projeto Atualizar, sendo três só da edição 2014. Conta também que aprendeu a ser mecânico logo quando menino, mas largou a oficina para virar carreteiro. Ao se aposentar do volante, voltou para a oficina e vem tentando recuperar o tempo perdido fazendo diversos cursos. “Para mim, é a maior festa. Abandonei o casamento pela paixão por caminhão e mecânica”, declarou.

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As duas salas do Atualizar tinham capacidade para comportar 20 participantes e, ao todo, foram transmitidas 31 palestras, realizadas simultaneamente, e com duração média de 50 minutos cada. Todos os profissionais que frequentaram os cursos ganharam um certificado de participação e um ano de assinatura da Revista O Mecânico.

Importância da vedação do motor

O engenheiro de Produto da Elring Klinger no Brasil, Luiz Henrique Reis, inicia a palestra introduzindo a empresa, que é uma multinacional alemã, mostrando que são fornecedores originais de fabricantes de automóveis, de juntas de cabeçote e outros produtos. Após a apresentação institucional, Luiz conta a história da evolução da tecnologia em juntas.

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“Explico os motivos pelos quais não se usa mais a junta soft, que são as antigas juntas de amianto. Hoje temos a junta metálica, que faz a vedação dos motores flex, nos veículos leves, e dos motores eletrônicos da linha pesada”, conta Luiz. O engenheiro ainda comenta sobre a importância de não se utilizar uma tecnologia anterior do que a instalada originalmente no veículo, o que pode trazer muitos problemas.

“Se um aplicador utilizar uma junta soft em um veículo flex, que originalmente usa junta metálica, devido às pressões e temperaturas que os motores atingem hoje, a junta soft não atinge esse limite. Por isso, uma junta que em tese deveria rodar 250 ou 300 mil km em linha leve, vai acabar rodando no máximo 15 ou 20 mil km, e o trabalho terá que ser refeito”, adverte o palestrante da Elring.

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Luiz continua explicando sobre a importância que o parafuso de cabeçote tem na vedação do motor, a importância da troca. “O aplicador costuma achar que o parafuso simplesmente tem a função de ‘fechar’, mas há uma função além dessa, que é aplicar a força na junta de cabeçote para esmagá-la. Se não tiver esmagamento da junta, não tem vedação, e aí dá problema de vazamento”, afirma.

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O engenheiro abordou ainda a assistência técnica oferecida pela marca, a disponibilidade de informações e os informativos técnicos fornecidos no site. A marca disponibiliza três catálogos: linha pesada, linha leve e linha de vans. “São dicas técnicas de montagem, informações técnicas e comerciais de alteração de produtos, alteração técnica que a montadora exerceu que reflete no nosso mercado de reposição”, comentou.

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Cuidados com os filtros

As palestras da Hengst são ministradas em dupla: o consultor técnico Matheus Michelon e o supervisor de desenvolvimento e produto, Fernando Reis, foram os responsáveis por explicar diferentes momentos do conteúdo, que é dividido em três partes: comercial, técnico e “futuro”. No primeiro momento, Fernando fala sobre a origem da Hengst, fabricante alemã de sistemas de filtragem fundada nos anos 50, que chegou ao Brasil em 2001 como fornecedora da Mercedes-Benz e entrou no mercado de reposição em 2005.

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Em seguida, Matheus Michelon disserta sobre os módulos de gerenciamento de fluidos que a Hengst fornece originalmente para as montadoras. “A gente mostra os diversos tipos de matéria prima que compõem os filtros e qual material é aplicado em cada filtro, seja de combustível ou de óleo, e quais são as diferenças entre eles”, detalha Matheus. Ele também explica a diferença sobre as unidades seladas e os filtros energéticos que a marca coloca no mercado.

Durante a palestra, Matheus também mostra uma foto ampliada que mostra a estrutura molecular do elemento filtrante, e explica o que acontece quando o mecânico bate o ar comprimido no filtro, o que nunca deve ser feito. Ele também fala sobre como a Hengst projeta e constrói o filtro e os sistemas filtrantes completos fornecidos às montadoras, que também são apresentados.

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O último módulo fala sobre o futuro da tecnologia de filtragem e o que já existe na Europa e está a caminho do Brasil. Matheus destaca que o ambiente da palestra é enriquecedor para todos os participantes. “Não só nós agregamos ao mecânico como eles também agregam à palestra. Já aconteceu de um dos mecânicos estar passando por um problema de filtragem na oficina e outro mecânico, que já passou pelo mesmo problema, conta como resolveu. Graças ao debate que a palestra gera, um acaba ajudando o outro aqui dentro”, finaliza o consultor técnico.

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Sistemas de Motor e Undercar
A Affinia levou para o Atualizar quatro palestras diferentes sobre os produtos Nakata: sistema de freios; sistema de suspensão; funcionamento e falha do sistema de arrefecimento; e escoriação e engripamento de motor.

“As palestras da Affinia são baseadas num escopo que a gente prepara dando informações diretas ao mecânico. Falamos um pouco do produto, do sistema onde esse produto trabalha, e sobre a função desse produto nesse sistema, para que o mecânico possa entender e fazer a devidas manutenções quando surgir um problema”, explica o engenheiro Aelson Rios, responsável por três das quatro palestras da Nakata.

Na palestra sobre freios, o técnico Eduardo Guimarães fez a abordagem do tema focando na geração de atrito, com dicas e “pulos do gato” para o mecânico identificar problemas e fazer um reparo correto desse sistema. Na palestra sobre suspensão, os amortecedores foram o foco principal, também com dicas de diagnóstico para que aplicador da peça saiba quando o amortecedor é a causa e não o sintoma do problema.

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Já na palestra sobre arrefecimento, Aelson reforçou a importância da manutenção correta desse sistema para o funcionamento do motor, não só para evitar defeitos como também para diminuir a emissão de poluentes, economizar combustível e garantir a vida útil das peças do motor. Por fim, a palestra sobre escoriação e engripamento de motor aborda os sistemas da bomba d’água (arrefecimento), bomba de óleo (lubrificação) e bomba de combustível (alimentação) em um módulo só.

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“Nós que trabalhamos com manutenção automotiva sempre devemos ficar atentos à causa do problema. Muita gente trabalha em cima do efeito. É fácil fazer o diagnóstico do efeito, mas eliminar a causa é o principal. E você só consegue eliminar a causa se você conhece bem o sistema, se você tem noção de como o produto trabalha e qual é a função dele”, declara Aelson.

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Levando informação sobre filtros

O gerente do Departamento de Assistência Técnica da Tecfil, Roberto Rualonga, estruturou a palestra para informar sobre as novidades da fábrica e do ramo do filtração, além dos lançamentos da marca para o mercado. Roberto começa falando da grupo Sofape, dono da marca Tecfil, passando pela linha de produção das peças, os laboratórios e as certificações

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de qualidade da marca. Em seguida, mostra alguns exemplos de carros que são equipados originalmente com os filtros da fabricante.

Depois, Roberto fala detalhadamente sobre cada categoria de filtro: filtro de ar de motor, filtro de óleo lubrificante, filtro de combustível (álcool e gasolina), filtro do ar condicionado (também chamado de filtro de cabine ou “anti-pólen”), além de assuntos especificamente voltados à linha pesada.

Segundo Roberto, a principal dúvida que surge na palestra é o prazo de troca de cada tipo de filtro. “A substituição das peças no tempo certo é fundamental para o desempenho do motor seja correto e que a vida útil seja atingida conforme o prazo da montadora”. Ele cita como exemplo o filtro de ar, cujo prazo de troca depende do ambiente em que o veículo trabalha.

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Sobre o filtro de óleo, Roberto adverte que trocar o lubrificante sem trocar o filtro em motores atuais é um erro. “Hoje em dia é mais importante trocar o filtro para aumentar a vida útil do motor. As folgas de ajuste das peças móveis do motor estão cada vez menores, então você precisa de uma filtração de excelência”.

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O especialista da Tecfil conclui que o mais importante é atualizar os mecânicos quando ao conhecimento sobre filtros. “Quanto mais conhecimento o mecânico tiver, isso também nos ajuda, porque todo mundo trabalha da forma correta, fazendo a substituição correta dos filtros – que parece simples, mas não é tanto assim”, finaliza Roberto.

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