Realizado entre os dias 16 e 24 de janeiro nos Estados Unidos, a exibição deu exemplos de que os carros mais tecnológicos e avançados do futuro já estão muito próximos dos consumidores de hoje.
Depois de um ano duvidoso, como foi 2009, por conta da crise econômica deflagrada no final de 2008 que abalou fortemente o setor automotivo em todo mundo, o Salão do Automóvel de Detroit chega a sua 22ª edição mostrando que o período de tempestade passou e que as promessas para 2010 são muito positivas.
O nome oficial do salão é Naias – North American International Auto Show – e neste ano foi realizado entre os dias 11 e 24 de janeiro no Cobo Center, em Detroit, Michigan. A magnitude do Salão é sensacional: mais de 700 veículos em exibição e a previsão de muita gente do mundo inteiro circulando pelos corredores do pavilhão, no ano passado foram 650,517 pessoas.
Máquinas super-potentes, hiper-tecnológicas e ecologicamente corretas, desenvolvidas pelas maiores montadoras do planeta, foram o foco de atenção para muitos apaixonados por automóveis. Os carros do futuro estavam lá e muitos já estão disponíveis nas concessionárias. Tecnologia e ecologia foram as combinações deste salão. Na vitrine do salão Entre as principais novidades exibidas no evento está o carro conceito Regal GS, esportivo da marca Buick. Dotado de um motor Ecotec 2.0l, o automóvel é capaz de atingir 255 cv de potência e alcançar torque máximo de 40,8 kgfm e para completar vem equipado com transmissão manual de seis velocidades e sistema de tração nas quatro rodas.
Faróis exorbitantes somados a uma enorme grade dianteira marcam a personalidade agressiva do Aveo RS, novo projeto da General Motors em exposição no salão. A aparência exagerada do desenho de alguns componentes do carro pode causar uma sensação esquisita, mas faz parte da estratégia da fabricante em querer modificar radicalmente a imagem dos seus compactos no mercado norte-americano. O mais recente lançamento da GM no Brasil, e totalmente projetado por aqui, o Agile também brilhou, na cor amarelo Carman, entre as estrelas do pavilhão.
Duas das novidades da Ford chamaram atenção do público: o Fiesta e o Novo Focus, que passa a ser comercializado no mercado norte-americano. O modelo será o mesmo que já é vendido na Europa e no Brasil e dá continuidade ao plano da montadora chamado de “One Ford”, que tem o objetivo de padronizar globalmente os produtos da marca.
O modelo será equipado com o novo motor EcoBoost, que consome 20% menos combustível. No quesito tecnologia high-tech, a Ford implantou nos automóveis em exposição o novo console da marca, o MyFord Touch, que equipa o Ford Edge, e unifica diversos sistemas e é executado por comando de voz ou através da tela sensível ao toque (touch screen). Setor verdeComo não poderia deixar de ser, esta edição do Salão de Detroit também organizou um setor ecológico, com mais de 40 veículos divididos entre elétricos e híbridos, a fim de reiterar os esforços e as preocupações dos fabricantes em desenvolver automóveis que reduzam a poluição no meio ambiente.
Um dos destaques é o coupé conceito da Volkswagen, que foi revelado como a futura geração de sedãs da marca e utiliza a propulsão híbrida – um motor a gasolina e outro elétrico – com muita economia e menos emissões: consome um litro de combustível a cada 23,8 quilômetros e dispensa apenas 98 gramas de CO² a cada quilômetro.
Outro destaque ecológico foi trazido pela Honda: o esportivo CR-Z, com motor híbrido de 1.5 litro. O automóvel está bem próximo de ser lançado e, de acordo com a montadora, promete trazer muita diversão para o novo segmento. Por outro lado, ainda sem previsões de chegar a linha de montagem, a Hyundai revelou o Blue-Will, produzido totalmente em alumínio, com motor de 1.6l a gasolina e propulsor elétrico de 100KW. A Toyota fez seu show com a mostra de carros como o Prius, híbrido que tem sido classificado como marca da consciência ecológica, e o compacto FT EV II, protótipo apresentado no último salão de Tókio.
Essas e muitas outras novidades, ou seja, os grandes atrativos do salão, comprovam que o setor está mais animado e aquecido e que ano 2010 será a bonança depois da tempestade. Não que esse será um dos melhores anos da indústria automotiva em termos global, mas que o segmento reviveu e que as marcas estão prontas para enfrentar o futuro com muita tecnologia e consciência.
